Continuando nosso estudo sobre rearmonização, chegamos às cadências! No trecho “Mas o gato-to não morreu-reu-reu…”, logo depois de Dm7(b5) vem o acorde C7M, certo? Então vamos experimentar colocar um G7 antes de C7M para fechar uma progressão II – V – I:
Agora, logo depois de F#m7(b5) vem o acorde Em7, então podemos acrescentar um B7 para fechar outra progressão II – V – I:
Com isso, F#m7(b5) passou a ser segundo cadencial de Em7. Mas F#m7(b5) já estava atuando como AEM, então agora ele é um acorde de função dupla: AEM e segundo cadencial.
Bom, antes de F#m7(b5) tem o acorde C7M. Esse acorde F#m7(b5) só possui uma nota de diferença do acorde F7M. Compare abaixo:
- Notas de F#m7(b5): F#, A, C, E
- Notas de F7M: F, A, C, E
Então podemos pensar que F#m7(b5) está atuando como F7M e, nesse caso, Dó seria o quinto grau de Fá. Portanto, podemos colocar um C7 logo depois de C7M para enfatizar essa transição:
Outra progressão II – V – I que podemos fazer é com os acordes Em7 e Dm7 no próximo trecho, colocando um A7 entre os dois:
O trecho final já é uma progressão II – V – I, então não vamos mexer:
Ótimo, vamos ver como ficou nossa rearmonização final:
Ouça no guitar pro: rearmonização5.gpro
Ficou muito interessante essa harmonia, pois tivemos uma sequência de três cadências II – V – I, que vão desde o trecho “Dona Chica-ca” até o final da música (chamamos isso de cadência II – V – I estendida). Isso fez com que uma musiquinha infantil passasse a ter cara de jazz!
Show de bola, então agora que você já aprendeu como se faz uma rearmonização, é hora de estimular sua criatividade e passar a rearmonizar músicas que você conhece. Quanto mais você treinar, mais ideias surgirão. Os recursos são muitos, não é mesmo?!
Divirta-se!
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