A escala menor harmônica é muito parecida com a escala menor natural.
Diferença entre escala menor harmônica e menor natural
A única diferença entre as duas escalas está no sétimo grau. Na escala menor natural, o sétimo grau é menor, enquanto na escala menor harmônica, o sétimo grau é maior.
Para que você veja essa diferença, vamos usar como exemplo a escala de Lá menor natural e a escala de Lá menor harmônica. Compare:
Notas da escala Am Natural: A, B, C, D, E, F, G
Notas da escala Am Harmônica: A, B, C, D, E, F, G#
Note como a única diferença está no sétimo grau (nesse caso, a nota Sol). Esse sétimo grau maior na escala menor harmônica aumentou a distância entre os graus 6 e 7, encurtando a distância entre os graus 7 e 8. Essa alteração conferiu um som muito interessante.
Desenho da escala menor harmônica
Veja abaixo o desenho da escala menor harmônica de Lá (o sétimo grau maior está destacado em vermelho):
Experimente tocar essa escala repetidamente para sentir a melodia provocada. Repare como essa escala por si só já possui um sabor agradável.
Confira neste arquivo o desenho de todas as escalas menores harmônicas no piano.
Campo Harmônico Menor Harmônico
O campo harmônico gerado pela escala Lá menor harmônica é o seguinte:
Obs: o método que utilizamos para formar esse campo harmônico é o mesmo que utilizamos para formar o campo harmônico maior a partir da escala maior. A única diferença é que a escala utilizada aqui foi a escala menor harmônica. Não faremos todo esse procedimento de novo para não ficar entediante.
De uma maneira mais genérica, o campo menor harmônico pode ser visto da seguinte forma:
Im7M – IIm7(b5) – III7M(#5) – IVm7 – V7 – VI7M – VII#dim
Legal, então teoricamente sempre que identificarmos um desses acordes/graus numa música, podemos aplicar a escala menor harmônica no nosso solo, pois a harmonia permite.
O problema é que, na prática, os acordes Im7M, III7M(#5) raramente aparecem, e os demais acordes com as extensões m7(b5), m7, 7, 7M, aparecem em inúmeros contextos, o que dificulta a abordagem, pois pode ser que esses acordes pertençam a outro campo harmônico que não seja o menor harmônico.
Nesse caso, para utilizar essa escala em cima desses acordes, você precisaria identificar, por exemplo, se o acorde com a extensão m7, digamos Em7 é o quarto grau da música, IVm7, conforme vimos no desenho desse campo:
Im7M – IIm7(b5) – III7M(#5) – IVm7 – V7 – VI7M – VII#dim
Para tanto, a música precisaria estar em Si menor, então você poderia tocar a escala de Si menor harmônica no momento em que esse acorde Em7 aparecesse, pois o campo harmônico associado seria:
Porém, se a música estivesse em Sol maior e aparecesse o acorde Em7, ele seria o sexto grau, VIm7, que pertence ao campo harmônico maior, ou seja, não permitiria o uso da escala Si menor harmônica em cima dele (genericamente falando). Observe o campo harmônico de Sol maior:
Isso dificulta um pouco nossa vida, pois precisaríamos estar sempre prestando atenção nos graus e tonalidades correspondentes para saber quando podemos e quando não podemos aplicar a escala menor harmônica.
Ainda bem que, na prática, como já comentamos no artigo “Como usar escalas“, dificilmente você irá aplicar essa escala pensando no campo harmônico dessa forma.
A maneira mais fácil de descobrir o contexto em que você pode utilizar essa escala é prestar atenção no quinto grau, como iremos explicar a seguir.
Como usar a escala menor harmônica
Apesar de muita gente fazer mistério e dificultar o conceito de como usar na prática essa escala, é mais simples do que parece. Aprenda em nossa apostila completa de teoria musical e passe a utilizar a escala menor harmônica com segurança em seus solos. Esse artigo é uma versão parcial do tópico da apostila.
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